Surpresas da vida

Hoje, fiz algo que jamais esperava que aconteceria... É o dia do aniversário do meu pai, Gastão Cristy, e como já estava à dias pensando nele (por conta do falecimento do pai do meu marido que morreu dia 26 de abril com a maioria dos filhos ressentidos pelo abandono) e pensei bem, me aconselhei com Deus e liguei para desejar-lhe um FELIZ ANIVERSÁRIO, e as bençãos de Deus.
Quando contei à ele que era sua filha, ele não entendeu, perguntou por várias vezes e tentei explicar... Mas nada! Ao perguntar pelos filhos, perguntou por mim para mim mesma! Deixei assim, apenas disse a ele para pesquisar o meu nome na internet. Certamente ele entenderá ao encontrar este blog.
É estranho falar com alguém que tenho como referencia a lembrança de trinta anos atrás. não consigo imaginá-lo mais velho. Mas foi bom ouvir sua voz no dia de hoje... Senti muita felicidade por isso.
Meu pai nos deixou quando eu tinha cinco meses de vida, como já contei por aqui, e nunca apareceu para ver-nos, nem quando a cheia do Rio Uruguai levou nossa casa e deixou-nos sem casa. Não apoiou financeiramente à minha mãe, não nos levou para passear, não apareceu no dia dos pais para termos a chance de dar-lhe um abraço e um beijo e sentirmos que temos um pai, mas nunca tive ódio dele por isso.
Por vezes tive um sentimento parecido com ódio, quando por poucas vezes percebia o sofrimento de minha mãe! Quando a via chorando, apavorada com a incerteza de um futuro sozinha com dois filhos para criar.
Mas geralmente o que sentia era saudades do que nunca tive; saudades de ter um pai. Saudades dele...
Meu irmão até ficou mais revoltado, teve um sofrimento maior, ficou revoltado e sentia muita raiva do pai. Ainda mais que ele é muito parecido com o pai, e todo mundo dizia isso. Ele ficava irado ao ouvir de sua semelhança com o genitor, que certa vez cortou os próprios cabelos quando criança (ficou horrivel), e quando perguntaram-lhe o porque respondeu que era para não ser mais parecido com o pai...
O sentimento que eu nutria anteriormente (mágoa ou rancor) perdi depois de minha conversão ao Senhor Jesus; aprendi a perdoar. Aprendi que para Deus perdoar meus muitos pecados, preciso antes perdoar aos meus ofensores, e no retiro de libertação que participei após o batismo, deixei esses sentimentos para trás, SOU LIVRE!!! Glória a Deus por isso! 

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