Mães transexuais

Fiquei super feliz com o final da novela ‘Vidas em Jogo’ da Rede Record... Não fiquei satisfeita com todos os acontecimentos guardados para o final; penso ate que a minha xará, a Cristiane Friedman, autora da atração poderia ter feito algumas coisas diferentes... Isso é que nem jogo de futebol, todo mundo quer ser técnico um pouquinho!


Mas no referente ao reencontro da Augusta e do Raimundo, fiquei emocionada e super feliz. Já estava óbvio para mim que o Jorge era o palhaço e que estava vivo, depois comecei a pensar na possibilidade de a augusta estar viva também. E felizmente minhas suspeitas se confirmaram e esse reencontro foi o maximo!
Depois que o Raimundo descobriu que a mãe é na verdade uma transexual (seu pai biológico) ele mudou radicalmente sua relação com ela; do amor ao ódio!
Foi mostrado um lado que por vezes dava ate para entender, por outro nada justificava tamanha ignorância e preconceito... O lado ‘sentimento’, por sentir-se enganado pelo fato de ela nunca ter contado nada (afinal ele pensava que o pai tinha morrido ou algo assim). Mas na verdade deveria ter orgulho da mãe, transexual, que o criou sozinha enquanto a mãe biológica o deixou ainda criança. E da Augusta recebeu muito amor.


Claro que em uma novela as coisas são mostradas, as vezes, com exagero para ‘escancarar’ a realidade, esfregar na cara da sociedade que –“o problema existe”, mas nesse caso, tratando-se de um jovem como o Raimundo, penso que o exagero foi demasiado; pois internou a própria mãe, a tratava por ‘senhor’, quis fazer um tratamento para que ela se tornasse homem e até a interditou alegando ser ela louca por ser transexual... Muito forte, né?

Na ‘vida real’, sei que existem também muitas transexuais que tem filhos de relacionamentos anteriores a sua condição feminina, e ate após a feminizaçao. Conheço uma menina que tem filhos, e depois de tantos anos de casada ela confessou à sua esposa, na época, que não sentia-se confortável na condição e no sexo masculino; que jamais seria feliz nessa condição, e a própria ex-esposa a levou ao HC para dar inicio ao processo transexualizador... Tornaram-se grandes amigas de fato, ela tem filhos e não se arrepende por isso. Ao contrario, é muito feliz por isso!


Não sei como algumas pessoas ainda têm tanto preconceito com coisas que hoje em dia são claramente discutidas e a mídia em geral traz a tona com relatos quase sempre esclarecedores. Ser mãe não é somente ser do sexo feminino, ou ser mulher biológica ou até mesmo dar a luz! Ser mãe é ter capacidade de amar, cuidar, educar, sustentar e capacitar uma criança para a vida, para o futuro (que é cada dia).


Eu, no passado, pensava em adotar um bebezinho... Em ser mamãe!
Depois de analisar a realidade atual do tratamento dispensado por alguns filhos para seus pais biológicos, desisti. Falta muito respeito e consideração, sobra ingratidão e desrespeito. Muito triste isso...
No ‘meu tempo’, respeitávamos à mãe e aos mais velhos, o amor era demonstrado a cada gesto. Hoje os filhos gritam com a mãe no meio da rua, do shopping, do mercado, e dentro de casa então...

Daí penso; se com mãe e pai de sangue fazem isso, como seria um jovenzinho (a) adotado (a). Certamente eu não teria estrutura e nem paciência para ser maltratada depois de me doar (mesmo sendo essa adoção uma decisão minha, não da criança) tanto, tudo para suportar a alguém que fora abandonado...

Mas conheço também uma transexual que após a cirurgia casou-se e logo adotou um bebe... E, penso, é muito feliz por essa decisão, essa escolha. Porque adoção é um ato de amor; escolha! A vontade, o desejo e a necessidade de adotar é tão grande (era comigo) que uma vez vi a sensitiva Márcia Fernandes declarando que todo mundo que adota, na verdade não adota e sim resgata um filho perdido, abandonado ou ate mesmo abortado em outra encarnação! Lógico que hoje não acredito mais nessa balela de reencarnação, mas na época pareceu uma resposta muito convincente para aquela angustia de ter a Geovanna em meus braços...

Mas ainda bem que passou, pois hoje penso já estar ‘velha’ para educar uma criança, já estou mais ranzinza do que de costume, e não daria muito certo. Como entreguei meu caminho ao Senhor, e Ele é quem sabe de todas as coisas, não digo nunca, mas não agora.

O engraçado é que na noite do pijama na Igreja (um dia posto sobre isso), pela manha uma irmã disse que sonhou a noite toda comigo, que eu tive filhos gêmeos! Semanas depois sonhei que tinha duas meninas... Amém; pois tudo o que vem de Ti é benção.

Mas se para um ou uma já não teria paciência, imagina duas! Rsrsrsrsrsrs

O fato é que o Raimundo (da novela) teve uma segunda chance, pois depois de pensar que a mãe havia morrido, ele teve a surpresa de reencontrá-la e pedir perdão, oportunidade de ouro... Pois perder alguém amado já não é fácil; imagina tendo magoado, ferido e prejudicado essa pessoa. O remorso e o arrependimento agora não valem de nada!
Felizmente nesse caso a morte era uma farsa para proteger a vida dela, que estava ameaçada por um assassino misterioso.
A reflexão e mensagem deixada nesse fato é: -“Não perca tempo de desfrutar o amor e a presença de pessoas amadas por puro
preconceito”! Ame, curta e viva; somos diferentes e cada um tem um ponto fraco ou alguma diferença que desagrada ao próximo, e NÓS SEMPRE SOMOS O PRÓXIMO PARA ALGUÉM...

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