SIMPLISMENTE Lea T

Estava assistindo aos vídeos da participação da TOP Lea T no programa "de frente Com Gabi", no SBT, blog de minha querida Julia (The Duchess). Tem o link do blog nas indicações à direita.
 Muito coerente o posicionamento de Lea T sobre as vivencias de uma transexual... Acompanhando suas falas desde o começo, quando aliás fiz o primeiro post, noto que ela realmente tem acompanhado os debates via internet. Pois tem se politizado, e sua fala além de legitimidade, reflete o sentimento e pensamento da maioria das transexuais, pelo menos na maioria das coisas.

Ainda tem alguns pontos a serem revistos (como no ponto onde fala que sofria menos bullyng antes de "virar transexual". O correto seria após "assumir a transexualidade ou condição de gênero"), mas com o tempo, ela será certamente a voz das transexuais, na busca por visibilidade e cidadania! Senadora Lea T. rsrsrsrs

Só não concordei em duas situações, quando conta de sua estadia com as tres amigas, que em uma conversa, as amigas a "diagnosticaram" transexual por pensar e comportar-se como elas (mulheres). E novamente, ao falar sobre o (a) modelo croata, que por ser muito feminino (a), seria trans. Conheço travestis (Ex. Thalia Miranda) que são muito mais bonitas, femininas e "mulheres" do que eu e muita mulher biológica, até! Então, não é a beleza estética ou comportamental o fator determinante de diagnostico da transexualidade, A TRANSEXUALIDADE É INTERNA, NA ALMA!

Ponto super positivo a questão da realidade e seriedade com que trata o assunto, sem o "conto de fadas". Como por exemplo, quando fala sobre o resultado estético da neo-vagina. Um tabu do qual geralmente algumas pessoas fogem. É sempre complicado falar em resultados, sejam estéticos, a questão do gozo, dores, etc... Pois esses resultados variam sempre de pessoa para pessoa, dependendo de técnica utilizada na operação, cicatrização, lado psicológico, etc...

Demonstrou ser realmente muito madura em suas falas. Lea t é tão natural para tratar sobre sua sexualidade, falar sobre seu pênis e até como faz para esconde-lo que é até constrangedor não sentir seu embaraço em responder (fiquei penalizada, por ela ter de falar em nome de batismo, como esconder o volume do pênis, etc), e parece que para ela é muito natural.

Apesar de jovem, Lea demonstra maturidade suficiente para encarar e superar as barreiras da vida. Falar sobre a familia, familia, amor, carreira e futuro, sem "estrelismo" e de maneira centrada. Vivendo cada dia de uma vez, deixando as coisas acontecerem à seu tempo. Gostaria muito de aprender a ser um pouquinho assim.

Interessante também o fato de a psicóloga que a acompanha ter incentivado de que ela "precisa ser ativa antes de operar"... Mais uma coisa que ela fala com tranquilidade, sem falsos pudores. Tbém acho importante, essa "experiência" de certa forma (complexo), já escreví sobre isso em outro post também.
Pois penso ser importante, não para talvez a transexual desistir de operar, ver que não é transexual. Mas porque abre a mente e derruba tabús e preconceitos, permite o prazer sem barreiras e a experiência por sí só é única! Mas não é uma obrigação e nem necessário para todas as trans.

Afinal, como ela mesmo disse, a transexualidade nada tem a ver com sexualidade: posso ser transexual e ser lésbica, por exemplo. Ou bissexual.

Parabéns à ela pelas palavras sábias e por sua postura madura e centrada, retirando a imagem de que as transexuais seriam "loucas" e depressivas, etc... Muito bom acompanhá-la em seus discursos.
Só creio (há muito tempo) que ela não se submeterá a cirurgia não, não sei, é apenas intuição, opinião particular...

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