A transexual profissional do sexo.


Um dos maiores tabus acerca da mulher transexual, creio ser a prostituição.


Visto com maus olhos, este é um assunto que é sempre polêmico por mecher com questões de valor moral, social e sexual.


Qualquer pessoa, sendo profissional do sexo, carrega consigo estigmas que as inferioriza, marginaliza e exclui. Pois para alguns, a prostituição ainda é vista como vadiagem, "a vida fácil" e até crime.


Essa é apenas mais uma entre tantas as profissões que podemos escolher. Para alguns é fetiche, para outros é glamour, e para outros é uma dura realidade do dia-a-dia! Mas o certo é que muitas familias são sustentadas hoje em dia por pessoas que fazem da prostituição seu ofício!


Homens se prostituem, mulheres e travestis também; porque não as transexuais???


Algumas vezes, a prostituição é erroneamente associada à coisas como roubos, assaltos e tráfico de drogas, o que tráz tons ainda mais escuros à questão.


Para uma transexual, algumas situações dificultam ainda mais a profissão. Como por exemplo, a escolha do local, do ponto. onde trabalhar? Com mulheres? Com travestis? Sozinha?


Pois, as mulheres geralmente não aceitam transexuais trabalhando juntamente a elas. Não nos consideram prostitutas. Pois ouvi da boca da própria representação das prostitutas do RS que não sou prostituta, sou transexual. Transexualidade é profissão???


E se a escolha for por trabalhar com as travestis (que em geral nos acolhem e recebem bem), em 99% dos casos poderá ter engano por parte dos clientes, de pensarem sermos travestis, e em busca de uma relação onde seriam passivos, gerear situações de constrangimento e as vezes até mesmo de agressões e humilhações (por parte de ambos).


E se o caso for de a transexual se prostituir durante o tratamento/acompanhamento para a cirurgia, a coisa fica ainda pior. Pois geralmente são excluidas do grupo e tratadas como ináptas à operar. O que as obriga a inventar profissões, algumas me dizem que fingem serem cabelereiras, outras costureiras, outras poucas alguma profissão doméstica ou autônoma.


Será que assim, excluindo as pessoas, e obrigando-as a fingirem sempre um personagem, quem perde na verdade não é o GRUPO? Pois o programa (PROTIG) tem que se adaptar e se basear na realidade atual da transexual.


Para assim contribuir para essa "construção", inclusive a social. Agora, varrer a realidade para baixo do tapete, é como "forjar", "fraudar" dados, perfis e resultados. Não reflete de maneira alguma a realidade. E ainda reforça o preconceito de que transexual não pode se prostituir, pois dá a parecer que essa população não existe entre as trans, ou que é muito reduzida!


Inclusive dando a falsa impressão de que não há necessidade de politicas públicas para as transexuais profissionais do sexo. E existe sim essa demanda e sabemos disso...

2 comentários:

  1. oi tudo bem meu nome e Carlos e tenho 20 anos sou moreno cabelo crespo e desde de um tempo descobri que quero ser transexual e queria sabe se eu fizer um tratamento com hormonios femininos sera que eu fico parecido como mulher sera que fico bem parecido, como faço isso ?

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  2. Oi Carlos...
    Penso que talvez voce esteja enganado, ou confuso em algumas áreas de sua vida...
    Primeiro porque para postar um comentário, não existe a necessidade de características físicas.
    Segundo porque NINGUÉM decide ou descobre que QUER ser transexual; nasce-se assim!
    E por último porque a transexualidade é algo interno (nasce-se assim) é na alma, e não na aparencia, portanto não existe a obrigatoriedade de ficar "parecido como mulher sera que fico bem parecido"...

    E o primeiro passo seria referir-se a si mesmo em termos femininos.
    Espero que voce se encontre, e seja feliz, na forma que conseguir! beijo e boa sorte!

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