Discutir Questões de Gênero nas Escolas Realmente Importa???

Uma decisão ainda inédita do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso obtida pelo GLOBO suspendeu lei de Paranaguá (PR) que proíbe informações sobre gênero e orientação sexual nas escolas do município.
Acompanhando a matéria sobre a suspensão da lei que proibia a discussão sobre gênero nas escolas do Paraná, e sobretudo lendo seus comentários, meu sentimento foi de espanto!
A maioria das pessoas na verdade desconhece a questão e o que realmente essas discussões envolvem! Trata-se muito mais do que dizer que "um menino na verdade pode ser uma menina por dentro "! Trata-se de respeito, inclusão, humanidade e tolerância ao que nos é diferente!

Fiquei feliz e aliviada ao saber que ainda existem pessoas sensíveis ao sofrimento do outro:
“Não tratar de gênero e de orientação sexual no âmbito do ensino não suprime o gênero e a orientação sexual da experiência humana, apenas contribui para a desinformação das crianças e dos jovens a respeito de tais temas, para a perpetuação de estigmas e do sofrimento que deles decorre”,
aponta Luis Roberto Barroso na decisão.

Muitos pais preocupados que os filhos "virem gays" ao receberem a informação de que existem pessoas de identidades de gênero diversas. Como se isso fosse possível! Seria melhor eles terem a informação deturpada de que isso seja doença, pecado, promíscuo(?), pouca vergonha???
A maioria dos homofóbicos recebeu o pré conceito na infância, de amigos, colegar e muitas vezes até em casa; de pais ou irmãos mais velhos!

Será que é preciso ter um (a) filho(a) Trans para sentir compaixão por alguém que sofre todo tipo de violências no ambiente em que deveria aprender, crescer e se sentir acolhido??? Violência moral, verbal, fisica e psicológica são as mais comuns! Ser excluído até dos trabalhos em grupo, não ser aceito nas "turminhas", ser agredido, expulso, violentado ou passar por alguma outra situação vexatória ou traumatizante ao usar o banheiro, e preferir se "mijar nas calças" a entrar no banheiro novamente (aconteceu comigo) ou receber apelidos pejorativos, etc, etc, etc...
Só quem passa ou passou por isso, ou quem é mãe ou pai de uma pessoa de identidade trans sabe o tormento que é e as feridas que deixam na alma!

A intolerância cresce... O antidoto é a informação, em primeiro lugar! Humanização do ensino, EDUCAÇÃO! Seguidos de acompanhamento psicológico (para os agressores), leis mais rigorosas para crimes de ódio e intolerância, amor! Mas tudo começa pela educação,pela informação.


Leia mais:  https://oglobo.globo.com/sociedade/stf-suspende-lei-que-proibia-ensino-sobre-genero-nas-escolas-do-parana-21491015#ixzz4kY5Ghbp4 
stest 

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