(des)Coordenação de Diversidade P.M. de Canoas-RS

Gente, tô chocada até agora com a forma desrespeitosa como fui tratada por uma senhora, ao ligar para a Coordenação de Diversidade DA MINHA CIDADE (Canoas-RS), para fazer minha inscrição para show na 2ª Parada Livre de Canoas.
Pois havia conversado com alguém na Parada de Esteio, e essa pessoa me deu o número do telefone para a inscrição.
Esta senhora (creio que márcia seja seu nome), atendeu ao telefone, e eu apresentei-me como Cristyane Oliveira e falei o porque do contato. Ela pediu "um instantinho" e disse -"Pai néco, posso fazer a inscrição do Cristiane que falou contigo na Parada de Esteio"?
Ao voltar à ligação disse à ela que eu era 'ela' e não 'ele'; e a atendente tentou desculpar-se, mas insistiu no uso de sufixos masculinos referindo-se a minha pessoa...
Novamente chamei sua atenção, apresentando-me novamente como Cristyane Oliveira, transexual, (ela) etc...
Ela disse que minha dicção é tão ruim, mas tão ruim, que entendeu Cristiano... ..."Tú estás nervoso"? "És mau-educado"! ..................... E ainda passa eu por mau educada???
Bem, uma coordenação especifica (???) não ter pessoas educadas e preparadas para o atendimento, acolhimento e inclusão respeitosa acerca da questão de identidade de gênero, nome social, respeito ao ser humano, etc...
Pedi então para falar com o próprio Sr. Néco, que foi com quem tratei em Esteio, ela disse que ele não se encontrava. Disse que havia escutado ela consultando-o sobre minha inscrição no inicio de nossa mal fadada concersa... Ela disse que ele não poderia me atender, e desligou na minha cara! ???
???
Agora penso comigo... Moro em Canoas desde meus nove anos. Pago impostos e gero receita para esta cidade que tanto amo. não merecia (como qualquer outra) ser tratada com pelo menos RESPEITO?
Não estendo esta minha crítica e meu desabafo à toda a Coordenação Diversidade de Canoas RS ( pois como sempre digo e repito, não destruo algo que não ajudei a construir), esta é sim minha contribuição para que as próximas pessoas trans (sejam travestis ou transexuais) que por ventura os procurem não tenham o mesmo tratamento. Tenho reservas sim quanto à pessoa que a representava, mas sinto-me ainda agredida e humilhada nas palavras desta pessoa que utiliza-se de um telefone como uma arma para ferir, discriminar, excluir e apresentar de uma péssima forma, uma isntituição que fora constituida para fomentar a inclusão e minimizar as dores causadas pela homofobia, transfobia e lésbofobia além de toda e qualquer forma de preconceito em todas as suas apresentações...

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