Amiga Fiel

Já tinha um certo tempo que eu não postava nada, justificando não ter assunto...
infelizmente agora tenho um; ruim... A perda de uma (penso até que a única) amiga fiel, a Laikinha, minha filha e cachorrinha de estimação, como costuma-se dizer.
Laika chegou em casa muito nova, creio que com dois meses. Uma pessoa chegou em nossa loja e comentou que na agropecuária da esquina havia uma cachorrinha para doar, que estava chorando muito. Creio até que ela comentou por saber o quanto gosto de cães, e na época não tinhamos nenhum.
Fui até lá "só para ver", contra a vontade de meu marido, que disse que não gostaria de ter uma cadela, ainda se fosse um cachorro...
Cheguei lá, e ela me olhou, balançou o rabinho e parou com os berros, os quais ouvia-se de longe.
O amor foi reciproco, e claro, levei-a comigo. Meu marido levou menos de uma hora para derreter-se com a nova filhinha.
Laika fazia compania, cuidava de nós e da casa. Certa vez, escalaram o prédio e subiram na sacada do nosso apartamento, para roubar minha bicicleta, a Laikinha estava na rua e brigou com o bandido. Não sei se ele atirou ela de lá, ou se quando ele saltou ela saltou de atrás; quebrou a pata (graças à Deus, dessa vez foi só isso) e tornou-se também NOSSA HEROINA, e protetora.
Laika era minha companhia "a companheirinha da mãe", como eu costumava dizer. Tudo que eu fazia, lá estava a participação especial de Laika de Oliveira.
Quando eu resolvia tomar banho de sol, a pobresinha quase torrava, mas não me abandonava. rsrsrsrsrsrsrsrs Já fazia cinco anos que era assim, até que na tarde quarta-feira, dia 22 de setembro de 2010, acabou tragicamente essa história de amor e fidelidade, Laikinha foi atropelada e infelizmente morreu na hora.
Não havia ainda nesta vida experimentado uma dor e um sofrimento tão intensos, imaginei que não suportaria, tamanha a dor, tamanho o aperto no meu peito.
Foi questão de um descuido, enquanto meu marido botava o carro na garagem, e ela fugiu para a rua e tudo aconteceu. Eu nem vi, pois estava fazendo café, e estava tranquila, pois ela estava deitada, comendo um ossinho que ele havia trazido da agropecuária para ela...
Sinto-me culpada, pois devia ter cuidado mais. Ela era de responsabilidade ninha, e falhei com minha melhor amiga... Essa dor parece que não acabará nunca mais. A menos que um dia sinta-me perdoada pela minha Laikinha, minha filhinha adorada.

2 comentários:

  1. É uma droga isso, perder um animal de estimação. Não consigo suportar o fato do meu amiguinho (Billy) morrer algum dia. Acho que vou ficar muito pra baixo.

    Tvalis...

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  2. Agora já fazem dois anos... a dor diminuiu, mas a saudade é grande... É dificil algo de agradável ou divertido não ter alguma relação ou não me fazer lembrar a LAIKINHA!!!

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